Não. Há aqui uma pausa. Eu sei que esta narração é muito, muito ruim para se contar e se ouvir, dificultosa; difícil: como burro no arenoso. Alguns dela vão não gostar, quereriam chegar depressa a um final. Mas — também a gente vive sempre somente é espreitando e querendo que chegue o termo da morte? Os que saem logo por um fim, nunca chegam no Riacho do Vento. Eles, não animo ninguém nesse engano; esses podem, e é melhor, dar volta para trás. Esta estória se segue é olhando mais longe. Quem já esteve um dia no Urubùquaquá?Guimarães Rosa, "Cara-de-Bronze"
Em 2010, fui surpreendido por um manifesto. Sim, um
manifesto! Essa curiosa espécie que eu julgava extinta da natureza pelo menos desde
a segunda metade do século XX e cuja reprodução parecia dar-se exclusivamente em cativeiro, nos cursos de graduação de todo o país. Mas eis que um exemplar vivinho da silva apareceu, com o sugestivo
e exótico nome de “manifesto silvestre”.
Alguns especialistas se espantaram com o achado; outros simplesmente não
acreditaram: “Esse negócio de manifesto literário e lobo da tasmânia são coisas
que não existem mais, trata-se de uma evidente falsificação!”; outros apenas
deram de ombros, dizendo que é uma questão de tempo até que volte a
desaparecer, pois seu habitat
natural já foi completamente devastado pelo homem.
Mas não se enganem: o referido manifesto ainda vive e começa
a dar crias. Seus signatários (que, aparentemente, variam no tempo e no espaço)
são um grupo de autores que reivindicam o reconhecimento do entretenimento como valor estético, mirando a formação de um público leitor
consistente para a literatura produzida no Brasil. Imbuído
das diretrizes do manifesto, Felipe Pena, professor da Universidade Federal
Fluminense, organizou uma coletânea com a finalidade de jogar luz
sobre vinte escritores de forte apelo popular, mas que têm sido sumariamente ignorados pela crítica; o nome da coletânea não poderia ser mais
claro: Geração subzero: 20 autores
congelados pela crítica, mas adorados pelos leitores (2012). Os alvos das
investidas dos silvestres — incluo aqui o próprio Pena, que, em sua introdução
ao volume, incorpora ipsis litteris passagens do manifesto — são a crítica literária e os autores que escrevem exclusivamente para seus pares, abusando
de experimentalismos à la James Joyce. Até Paulo Coelho, talvez o escritor brasileiro mais
menosprezado de todos os tempos pela crítica, pegou carona na discussão,
culpando a obra do escritor irlandês pelo divórcio entre autores e público. Em
entrevista recente à Folha de São Paulo, afirmou: “Os autores hoje querem
impressionar seus pares. Um dos livros que fez esse mal à humanidade foi Ulysses, que é só estilo. Não tem nada
ali. Se você disseca Ulysses, dá um tuíte”.
Noto uma série de incongruências nas proposições dos
silvestres. A primeira delas se refere ao papel atribuído à crítica na formação
(ou “deformação”, dependendo do ponto de vista) do público leitor. A bateria
de acusações está voltada preferencialmente contra a crítica acadêmica, mas
creio que é necessário distinguir a função desta daquela crítica que
é feita nos suplementos culturais de jornais e revistas (mais relacionada,
portanto, ao que se costuma chamar de jornalismo cultural).
Inicialmente, a figura do crítico surge com a
ascensão da sociedade burguesa, como o responsável por formar o gosto de uma
população que apenas recentemente ingressara no universo da palavra escrita,
integrando assim um projeto de disseminação do saber, de origem iluminista. Em
tal projeto, a imprensa desempenhava um papel
fundamental, e o crítico era quem faria a medição entre o público e o
sistema formado por autor, obra e mercado editorial. Essa é a imagem que até
hoje subsiste do crítico literário. Entretanto, a função
da crítica acadêmica é de outra natureza. Sua tarefa não é indicar os livros
que merecem ou não ser lidos, mas, sim, integrar a obra literária numa
tradição de estudos, enxergando-a a partir de um conjunto de problemas gerais (técnicos, compositivos, formais, linguísticos, sociais, históricos,
filosóficos etc.), de maneira a deslindar suas camadas de sentido e desdobrá-la
no âmbito da cultura. Sua influência sobre a formação de leitores é apenas indireta, na medida em que estabelece os parâmetros de leitura que os críticos
da imprensa e professores de Literatura utilizarão. Mas basta comparar a lista
de dissertações e teses defendidas em qualquer departamento de Literatura do
país com as listas dos livros mais vendidos no mesmo período para ver que há um
enorme abismo entre as duas instâncias, demonstrando que a influência da academia
sobre os hábitos de leitura dos brasileiros é — se é que existe alguma — muito
tênue.
Parece-me também que a imprensa está longe de ter o poder que um
dia teve de determinar o que as pessoas leem. Paulo Coelho é um dos autores
mais achincalhados pela crítica jornalística (ao passo que a crítica acadêmica
prefere simplesmente ignorá-lo). Cansei de ler, em veículos de grande
circulação, resenhas que beiravam a histeria em seu afã de
desmistificar a obra do mago. Contudo, livro após livro, Coelho está invariavelmente
plantado nas listas dos mais vendidos. Há um evidente descompasso entre crítica e público, e tal descompasso tende a aumentar com o crescimento
da internet e o surgimento de uma mídia alternativa, na qual o boca a boca dos
leitores é amplificado pelos recursos tecnológicos disponíveis. Note-se,
porém, que o sucesso de Paulo Coelho é um fenômeno anterior à popularização da
internet, o que mostra que a imagem do crítico como formador do gosto
popular já se esboroou faz tempo.
Algumas perguntas pertinentes que poderiam ser
feitas são: como Coelho fez para trespassar a barreira imposta pela crítica? Qual
será a real espessura dessa barreira? Não serão paredes de papel, no final das
contas? E quantos desses tais autores “congelados pela crítica” gozam de confortável sucesso editorial? Se já existe público suficiente
para absorver a obra deles (pois, como diz o subtítulo da coletânea, eles são
“adorados pelos leitores”), do que se trata então toda essa celeuma?
Quanto à função da escola na formação de leitores, é claro
que professores de Português e Literatura recebem a mesma formação inicial que
aqueles que seguirão na crítica acadêmica; tendem, portanto, a desenvolver seus
materiais pedagógicos e suas estratégias de ensino a partir daquilo o que lhes
foi ensinado na faculdade. Contudo, isso pouca ou nenhuma diferença faz para
a discussão que os silvestres propõem, pois o currículo de Literatura já está
estruturalmente fechado em torno de um cânone estabelecido, via de regra,
desde antes da própria constituição da crítica acadêmica brasileira. Se os
autores de hoje ligados à literatura de entretenimento não são apresentados em
sala de aula, tampouco o são seus contemporâneos “moderninhos”. O máximo que
se pode dizer é que, nas aulas de Literatura, opera-se com categorias
críticas e teóricas que colocam fora de esquadro a literatura de entretenimento,
e isso determinaria o modo como as alunos leem a produção literária
contemporânea. Mas então volto a minha questão: até que ponto autores como
Paulo Coelho, André Vianco e Eduardo Spohr estão sendo prejudicados por isso?
Já não são lidos o bastante?
Desconfio que, pegando a lista dos autores brasileiros contemporâneos
mais vendidos, encontrarei vários dos autores coligidos por Felipe Pena e um
ou outro virtuose do malabarismo verbal, supondo que encontre algum. Na
verdade, quem compete diretamente com a produção de nossos entertainers são os grandes best-sellers da literatura internacional, que aportam no Brasil embalados por agressivas campanhas de marketing, o
que revela um dado fundamental para a atual discussão: quem forma o grosso do público
hoje em dia não é a escola, nem a imprensa especializada, nem a academia — é,
com exceção de um ou outro fenômeno espontâneo de popularidade, a publicidade.
Tenho a impressão que os autores reunidos em torno das
ideias contidas no manifesto silvestre
não estão reivindicando maior visibilidade para o tipo de literatura defendido
por eles, pois tal visibilidade já existe (do contrário, livros que fazem do
entretenimento seu principal objetivo não venderiam às pencas, como costumam
vender), o que eles procuram mesmo é prestígio intelectual, resenhas elogiosas,
legitimação por parte da crítica. Sob o pretexto de querer ampliar o público
leitor no Brasil, o que eles anseiam verdadeiramente é serem levados a sério
pelos mesmos especialistas esnobes que são o alvo preferencial de suas
queixas.
***
Os signatários do manifesto defendem uma
literatura de entretenimento capaz de criar um público cativo para a
ficção brasileira. Isso significaria a criação de uma literatura mais “acessível
a uma parcela maior da população”, tendo como base “enredos ágeis e cativantes”
e “títulos que chamem a atenção do leitor e despertem a vontade de chegar até o
livro”, passando pelo envolvimento do autor nos aspectos mais propriamente
mercadológicos da difusão de sua obra. O que perseguem, afinal, é uma “história
bem contada” que, a despeito de sua acessibilidade, “não significa produzir
narrativas pobres ou mal elaboradas”, pois “escrever fácil é muito difícil”.
Reivindicam, inclusive, espaço para aqueles escritores que são guiados unicamente pelo “desejo soberano de ser lido”. Como todo escritor deseja
ser lido, mesmo que somente por seus pares, imagino tratar-se de
um eufemismo para “desejo soberano de vender” ou “de ser consumido”.
Estamos falando de literatura de entretenimento, mas por
todo o texto projeta-se uma sombra, uma expressão recalcada, inominada, que é literatura comercial. Ambas as expressões não se confundem, não designam
necessariamente o mesmo objeto, porém a todo momento persiste a tentativa de
salvaguardar um espaço para a literatura caça-níquel, produzida com a exclusiva finalidade de arrecadar dinheiro. O curioso é justamente a relutância dos
signatários em explicitá-lo, em dizê-lo claramente. É um manifesto de meias
palavras, sobre o qual pesa o preconceito dos próprios autores, que talvez reconheçam, inconscientemente, os limites nebulosos que separam o
entretenimento de qualidade de sua contraparte degradada. Nem rechaçá-la, nem
evocá-la, eis a atitude ambígua dos manifestantes frente à literatura
comercial. Será que os persegue a impressão incômoda de estarem defendendo o que parece indefensável a seus próprios olhos?
A princípio, eu mesmo não teria o que objetar às
reivindicações do grupo, não fossem dois detalhes. O primeiro deles é o fato de o texto dar a
entender constantemente que não há espaço para a literatura de entretenimento,
quando as prateleiras das livrarias estão transbordando de livros dessa espécie, que gozam de um considerável público consumidor. Espaço há e bem
ocupado. O que está em jogo é um ressentimento contra a crítica,
que se recusa a conceder seu beneplácito a esse tipo de literatura. O que me
leva ao segundo detalhe. A função da crítica, assim como da produção acadêmica
em geral, não é avalizar o gosto e as opiniões correntes na sociedade. Sua
função estará, muitas das vezes, em contrariá-los. Isso não quer dizer que uma
obra de entretenimento não possa conter uma riqueza de significados que justifique sua investigação, mas o entretenimento em si, como efeito de
natureza puramente subjetiva, carece de uma substancialidade textual a partir
da qual possa se constituir como objeto factível de estudo. Questionar por que
determinadas construções narrativas causam prazer aos leitores e outras não, e em que nível de
generalidade, seria uma questão para a neurociência, não para a crítica
literária.
Em 2009, foi publicado no Brasil A literatura em perigo, de Tzvetan Todorov, um dos nomes mais
significativos do estruturalismo (corrente dos estudos literários de feição imanentista e formalista, que exerceu enorme influência sobre a academia
francesa na segunda metade do século XX). No livro, um pouco em tom de mea culpa, Todorov lamenta a perda de
importância da literatura na formação intelectual e afetiva dos franceses,
ocasionada por um ensino equivocado — que faz da literatura mera ilustração de
categorias teóricas — e de uma produção literária contemporânea que abdicou de
sua comunicação com o público. Não sei até que ponto a recepção do livro de
Todorov influiu no surgimento do manifesto, que se deu um ano depois, mas, como ele
é uma das referências das quais Felipe Pena se vale em sua introdução, talvez possa servir como chave de leitura por conta de suas confluências e contrapontos
com as ideias defendidas pelos escritores silvestres. Uma passagem que parece ecoar
nas considerações destes é:
“(...) cava-se um abismo entre a literatura de massa, produção popular em conexão direta com a vida cotidiana de seus leitores, e a literatura de elite, lida pelos profissionais — críticos, professores e escritores — que se interessam somente pelas proezas técnicas de seus criadores. De um lado, o sucesso comercial; do outro, as qualidades puramente artísticas. Tudo se passa como se a incompatibilidade das duas fosse evidente por si só, a ponto de a acolhida favorável reservada a um livro por um grande número de leitores tornar-se o sinal de seu fracasso no plano da arte, o que provoca o desprezo ou o silêncio da crítica.” (TODOROV, 2009, p. 67)
Entretanto, algo que escapa — ou que falta — na visão dos
silvestres é que, para Todorov, o entretenimento não é um fim em si mesmo, pois
a literatura, segundo sua concepção, possui importância na medida em que
amplia nossa compreensão do mundo (emprestando às coisas e aos fenômenos uma dimensão humana) e nos livra de nosso egocentrismo, fazendo-nos experimentar, como se fossem nossos próprios, os afetos, as ideias e a imaginação de outrem. É nesse
sentido que ela contribui para a formação pessoal de seus leitores:
“É por isso que devemos encorajar a leitura por todos os meios — inclusive a dos livros que o crítico profissional considera com condescendência, se não com desprezo, desde Os três mosqueteiros até Harry Potter: não apenas esses romances populares levaram ao hábito da leitura milhões de adolescentes, mas, sobretudo, lhes possibilitaram a construção de uma primeira imagem coerente do mundo, que, podemos assegurar, as leituras posteriores se encarregarão de deixar mais complexas e nuançadas”. (Idem, ibidem, p. 82).
Ou seja, o puro entretenimento tem seu valor como via de aproximação, mas o potencial formativo da literatura realiza-se plenamente mesmo é nas obras mais ambiciosas, que trazem em seu bojo uma série de problemas que nos levam a refletir sobre nossas condições de existência. O entretenimento é somente um meio para facultar o primeiro contato do
indivíduo com tal ordem de problemas; ficar nesse nível é estacionar logo no começo do
caminho. Aliás, dependendo de como praticado, o entretenimento pode encerrar o
leitor num mundo alienante de fantasia, apartando-o de questões verdadeiramente
relevantes. Logo se vê que o divórcio denunciado por Todorov entre a literatura
contemporânea e a experiência das pessoas comuns não se dá num nível
superficial, mas num nível mais profundo, no qual se procura apreender a vida em suas potencialidades de sentido. A literatura não deve corresponder às expectativas de recepção do leitor, porque, neste caso, o
cliente nem sempre tem razão. Às vezes, a literatura cumpre seu papel
justamente ao desestabilizar o leitor, ao colocá-lo em choque com suas próprias
crenças e ideias pré-estabelecidas acerca da realidade.
O perigo que a literatura corre, na visão de
Todorov, não é que as pessoas deixem de ler obras de ficção. Todorov não se
queixa que os franceses estão lendo menos, pois é bem possível que os dados do
mercado editorial francês apontem o contrário. O problema está no
fato de que a literatura tem cada vez menos importância na formação pessoal dos
indivíduos. As pessoas podem até ler muitos livros, mas perderam a capacidade
de aprender com eles, de se transformar a partir deles. Os livros já não dizem
nada de importante; esse é o real perigo. Não estamos tratando de uma retração
do mercado editorial, mas de uma retração da cultura literária. A literatura vai deixando de ser um campo de valores, referências e ideias compartilhadas para se
tornar um jogo frívolo, que não transcende seus próprios termos. Se é
correto afirmar isso quanto à tendência formalista que Todorov enxerga na literatura
francesa contemporânea, o mesmo pode ser dito da literatura que persegue o
efeito fácil por meio de fórmulas narrativas. Repor sempre as mesmas estruturas
de enredo, dando-se apenas ao trabalho de adaptá-las a situações diversas, não
é também uma espécie de formalismo? Quantas vezes, ao terminar um livro, não
nos damos conta que um desfecho surpreendente pode ser a coisa mais previsível de
todas? A saturação da literatura de mero entretenimento não pode também estar na
raiz da atual crise que Todorov diagnostica?
Quando lidas à luz das preocupações de Todorov, as
proposições do manifesto silvestre se mostram pequenas, mesquinhas. O estudioso
de origem búlgara está preocupado com a formação do indivíduo em sua dimensão humana,
enquanto os signatários do manifesto acabam reduzindo tudo a uma questão mercantil: o
importante é formar o consumidor, criar uma reserva de mercado para o produto
nacional e, ainda por cima, obter a aprovação da crítica (publicidade gratuita!).
***
É interessante que as reivindicações antiacademicistas do grupo tenham vindo à luz na forma de um manifesto. Desde
a institucionalização das conquistas vanguardistas e a incorporação destas ao
mercado, manifestos se tornaram relíquias no museu da história da literatura e da arte, revisitadas apenas em salas de aula. Nada mais pueril e caricaturalmente
acadêmico hoje em dia do que um manifesto! Ainda mais irônico é que — embora na proposição 4 leiamos “Os academicismos, jogos de linguagem e
experimentalismos vazios não nos interessam. Respeitamos a produção que segue
estes parâmetros, mas nosso caminho é inverso” — o nome do manifesto, “silvestre” — que “designa algo que brota de forma
espontânea, natural” —, é também uma homenagem ao escritor e jornalista Edney
Silvestre, sob a tutela de quem o grupo original de signatários costumava se
reunir. Se isso não é um jogo gratuito de palavras, não sei o que é. A
propósito, como se pode respeitar uma produção cujos parâmetros são
qualificados de antemão de “vazios”? O respeito é puramente retórico. Mais uma vez, estamos no âmbito das meias palavras.
No contexto das vanguardas estéticas, e antes ainda — no das
vanguardas políticas —, o manifesto tinha como função romper radicalmente com o
estado de coisas atual e estabelecer os princípios de uma obra de arte (ou ação
política) nova, pensada em sua relação com o futuro. Mas não é isso o que vemos no manifesto
silvestre, no qual o que há é a reivindicação do reconhecimento de uma
narrativa construída em moldes convencionais, cujos princípios estão assentados há séculos e que goza, hoje em dia e desde sempre, de grande
aceitação social e comercial. Trata-se de um manifesto essencialmente conformista,
contrário a qualquer experimentação ou projeção da atividade literária para
além do horizonte de expectativas do público; trata-se de um
antimanifesto, portanto. O que vemos é um gesto de ruptura falso, que nada mais
reclama que a legitimação institucional, via crítica literária, de uma
situação mercadológica já configurada.
***
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